terça-feira, 29 de dezembro de 2009

NO ENSINO, AS TRANSFORMAÇÕES DA PRÓXIMA DÉCADA RESULTARÃO EM MUDANÇAS RADICAIS

Como introdução a este assunto da maior importância, queremos lembrar que a China e a Índia, apesar de terem 1/3 da população mundial, somente agora passaram pelo efeito da globalização a serem considerados de uma forma inédita, levando em consideração não só a quantidade, mas o esforço pela qualidade. Por exemplo, se considerarmos apenas os 16% mais inteligentes e estudiosos da Índia, teremos mais pessoas que toda a população do Brasil. Da China precisaríamos de apenas 14%. Isto é, hoje em dia, há mais gente preparada e inteligente na China ou na Índia que pessoas no Brasil. Em média enquanto 30 bebês nasceram nesta época do ano no Brasil, 244 nasceram na China e 351 na Índia (neste país ainda não há controle de natalidade como se tenta fazer na China).
Outro detalhe destes países de massa tentando adicionar qualidade a sua população é o fato da China além de ter a língua mais falada no mundo em quantidade de pessoas, o mandarim, em breve será também o país que mais fala inglês no mundo – as crianças aprendem a internacional língua inglesa ainda no final do ensino fundamental.
Entrando mais diretamente no assunto do ENSINO, podemos afirmar, segundo a ONU, que os estudantes de hoje passarão por dez e catorze empregos até os 38 anos de idade. Aquela idéia de que os profissionais devem ter poucos empregos registrados na carteira profissional está saindo de moda. Nos EUA, mais da metade dos profissionais trabalha menos de cinco anos na mesma empresa. Somente 25% dos profissionais permanecem na mesma empresa por mais de um ano.
Precisamos saber que as dez profissões que serão indispensáveis em 2.010 sequer existiam em 2.004. Ou seja, estamos preparando estudantes para profissões que ainda não existem, que usarão tecnologias que ainda não foram inventadas, para resolver problemas que ainda nem sabemos que existem e a Internet cada vez mais faz parte do problema e inicia a solução com uma quantidade de acessos batendo recorde sobre recorde, pois vivemos tempos exponenciais da informática e não podemos deixar de saber que a informação está cada vez mais nos meios digitais.
A quantidade de informações técnicas novas dobra a cada 2 anos. Para os estudantes isto significa que metade do que aprende no 1º ano de Faculdade estará ultrapassado no terceiro ano.
Ainda em meio a minha carreira docente, grandes estudiosos defendiam que, pela necessidade de atualização, os diplomas universitários deveriam ser revalidados a cada cinco anos. Mas para 2.010, estudos prevêem que o conhecimento humano dobrará a cada 72 horas. Isto significa que todo profissional precisa mais ainda se atualizar de forma constante, a prazos mais curtos e sabendo usar todos os instrumentos disponíveis.
Pesquisadores de alta tecnologia nos dizem que em 15 anos, universitários em início de carreira terão no computador mais do que um instrumento indispensável, pois ele tende a assumir um novo papel muito próximo das características de um concorrente humano. Isto tanto pelo aprofundamento do conhecimento tecnológico, como pela facilidade de custo, uma vez que os EUA estão fornecendo para crianças de países em desenvolvimento aparelhos, laptops, por US $ 100, como mencionamos na crônica anterior sobre AS VELOCIDADES DAS TRANSFORMAÇÕES NA INTERNET PARA 2.010. Desta forma, acreditamos que o ensino tem que se adaptar aos novos paradigmas da próxima década, considerando que a capacidade computacional aproxima-se do seu limite. Se o Brasil desconsiderar esta tendência, poderá ser incluído no grupo dos países ultrapassados e improdutivos, logo agora que estava conseguindo reconhecimento internacional de sua potencialidade para ocupar um lugar nos grupo dos oito mais desenvolvidos ou ao menos no top10.

Prof. Angelo M. Moreira da Rocha

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