quarta-feira, 15 de outubro de 2014

PARA O DIA DO PROFESSOR, A AULA DE QUEM APRENDEU A AMAR SEM DESCRIMINAR, ESTANDO PRONTO PARA OUVIR



            Relata a Sra. Thompson, que no seu primeiro DIA DE AULA parou em frente aos seus alunos da 5a. série do ensino fundamental e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy.
            A professora já havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas no semestre anterior ao corrigir suas provas e trabalhos.
            Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada período letivo. A Sra. Thompson examina os atuais alunos e deixa a ficha de Teddy por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa. A professora do 1o. ano escolar de Teddy havia anotado o seguinte: Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele. A professora do 2o. ano escreveu: Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu humilde lar deve estar sendo muito difícil. Da professora do 3o. ano constava a anotação seguinte: A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu ausente pai não tem nenhum interesse na família e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo. A professora do 4o. ano escreveu: Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.

            A Sra. Thompson se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando recebeu os presentes de Ano Novo que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel cinza de mercadinho. Ela abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquele dia Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. E o mais importante foi o que Teddy lhe disse: a senhora esta cheirosa como minha mãe. Depois que todos se foram, a professora Thompson chorou por longo tempo...  Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy e a todos que tinham problemas parecidos com os dele.
            Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra.Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
            Cinco anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o curso médio e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy. Outro dia a Sra. Thompson recebeu mais uma carta, em que Dr.Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy há anos atrás, e também o perfume.
            Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: - Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença. Mas ela, com os olhos banhados em pranto, sussurrou baixinho:  - Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar direito até que o conheci.
            Aí está, amigos e colegas, o valor da atenção... o quanto é importante darmos um  pouco mais de atenção as pessoas a quem amamos ou que precisam de nós, sem no entanto, esquecer dos outros... A atenção, carinho e cuidado devem ser somados e nunca divididos. É preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma da pessoa, vindos do AMOR MAIOR DE DEUS.
            Aos Mestres de todo nível, aos quais este testemunho deve servir de motivação, a minha solidariedade e carinho por mais uma data nossa, 15/10, a ser comemorada com a consciência de quem ensina e aprende, com capricho e amor, tudo que recebeu e recebe do nosso Deus Criador.