Pensando
na comemoração deste domingo, dia nove de dezembro, queremos comparar ou
visualizar A BÍBLIA como uma obra de engenharia, um templo ou palácio
majestoso que tem sido edificado durante mais de 2.000 anos. Seu
Arquiteto e Criador é Deus. Em toda a estrutura do edifício teremos a impressão
de descortinar a Mão que realizou a obra magnífica da criação do Universo. O
templo tem sessenta e seis blocos ou prédios de grandezas desiguais. Logo à sua
entrada temos acesso ao palácio por um jardim – o Éden e sua Árvore da Vida –
que faz parte do primeiro bloco edificado que é o mais antigo e venerável. É o livro do Gênesis
que junto com outros quatro prédios compõem a parte de Moisés no templo
divino, onde se descreve a formação do mundo e os primeiros relacionamentos do
Arquiteto Criador com suas criaturas.
Depois de ter percorrido
os principais locais daqueles prédios sob a responsabilidade do "mestre de obras" Moisés, chegamos a uma série de dependências: os
anais históricos da lei e da justiça, os arquivos da Igreja pelo espaço de mil
anos, desde Josué a Éster. Em seguida entramos no pátio dos exercícios,
onde se requer provações e muita resistência, que é o livro de Jó.
Passamos às salas da orquestra onde se reúnem os cantores da casa, munidos de
violinos e harpas: os Salmos. Mui perto se encontra a câmara de comércio
e ética: o livro dos Provérbios e ao lado uma pequena, mas importante
seção: a filosofia para nossa meditação que nos deixou o sábio Salomão, o livro
de Eclesiastes. Depois disto, vem uma simpática saleta onde todo o
desabafo é bem vindo, pois ali os aflitos se agrupam, é o livro das Lamentações.
Na próxima parte do edifício há formosos arranjos de flores orientais,
emoldurando um grande amor que Salomão resolveu acrescentar à obra sagrada que
é o Cântico dos Cânticos. Chegamos, então, a dezesseis aposentos de um
particular esplendor. Ao percorre-los ficamos impressionados pela paisagem
descortinada de suas varandas de diversos tamanhos, de onde temos uma visão
antecipada das outras partes do Monumento: são as moradas da profecia.
Agora, entramos na parte
mais recente da mansão e passamos por quatro câmaras do mais precioso mármore.
Se repararmos nas paredes ficaremos maravilhados com os quatro retratos, em
tamanho natural, do Senhor do Palácio, Jesus Cristo. Seus retratos, por mais
que pareçam semelhantes, possuem cada um deles uma influência diferente pela
qual o Espírito Santo inspirou seus autores ou construtores: são os Evangelhos.
Ao deixa-los com muito custo, escutaremos sons extraordinários, como se fossem
duma máquina em movimento – rodas, correias e tudo o mais em plena atividade.
Procuramos a origem de tanta energia, mas não está visível, vem do Alto.
Estamos nas oficinas do Palácio: o livro de Atos. Partindo dali,
chegamos a uma série de anexos muito ricos, em número de vinte e um, dos quais
não menos de quatorze têm à porta o nome do Apóstolo Paulo. São os gabinetes
particulares da correspondência apostólica, nos quais o Senhor acumulou
alguns dos mais ricos tesouros da sua casa.
Agora, por fim, nos
encontramos na extremidade de saída do edifício e entramos numa galeria
misteriosa iluminada por clarões extraordinários alternados com sombras
estranhas e singulares visões, que se apresentam aos nossos olhos. Estamos na
misteriosa galeria do Apocalipse. Ali nós vemos o futuro da Igreja de
Cristo na terra, até que o Esposo venha. Saindo da varanda e olhando em volta,
vemos um prado viçoso, com o rio puro da água da vida. Na margem, aquela mesma
Árvore da Vida que foi destacada na entrada, e mais por cima de nós, coroando
as colinas eternas, está uma cidade de ouro, banhada de luz resplandecente de
glória, a nova Jerusalém, cujos fundamentos são as pedrarias, os muros de jaspe
e as portas de pérolas, e que não tem necessidade de sol nem de lua, porque a
glória do Senhor a ilumina eternamente.
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