- O que eu pergunto é se tem um trabalho. Claro que tenho um trabalho, exclamou ela. Sou MÃE.
Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa, disse o funcionário friamente.
Uma
amiga sua, soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo. Num
determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a
atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente. O formulário
parecia enorme, interminável. A primeira pergunta foi aquela: qual é a sua
ocupação? Ela pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:
- Sou Doutora em desenvolvimento infantil, juvenil e em relações humanas. A funcionária fez uma pausa e ela precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:
- Posso perguntar o que é que a
senhora faz exatamente nesta formação de pós-graduação?
Sem
qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, nossa amiga explicou:
Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa. Pensando na sua
família, ela continuou:
- Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projetos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva, cumprindo as normas de controle de qualidade. Faço horas extras completando no mínimo14 horas por dia, às vezes chego às 24 horas diárias.
À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, ela notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.
Quando
voltou para casa, nossa amiga foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projeto, um
bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz. Feliz, ela tomou o
bebê nos braços e pensou na glória da
maternidade, com suas múltiplas responsabilidades. E, principalmente, na
força que Deus lhe deu para cumprir horas intermináveis de dedicação, do tipo:
- Mãe, onde está meu sapato? Mãe
me ajuda a fazer a lição? Mãe, o bebê não pára de chorar. Mãe, você me busca na
escola? Mãe, você vai assistir a minha dança? Mãe, você compra...? Mãe...
Imaginando
toda esta realidade, veio um outro pensamento em sua mente:
Num mundo em que se dá tanta
importância aos títulos, em que se exige sempre maior especialização na área
profissional, o mais importante é que você
MÃE continue cada vez mais se constituindo em alguém que se desenvolveu
como uma grande especialista na arte de AMAR.
Neste domingo que todos que tem suas mães vivas saibam homenageá-las com
este reconhecimento, acrescido das benções de Deus para todas elas...
Prof. Angelo M. Moreira da
Rocha
Mamãe dizia que a sua mãe era uma pessoa divertidíssima!
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