sábado, 12 de fevereiro de 2011

UM MÊS DE TRAGÉDIA SEM PERSPECTIVAS

O silêncio nos bairros Campo Grande, Caleme e Posse, os mais atingidos pelos deslizamentos em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, ensurdece. Em alguns pontos, é possível ver restos de casas e carcaças de automóveis quase irreconhecíveis. No entanto, o ambiente mais parece um vale de pedras abarrotado por montanhas de lixo e entulho. Poucas pessoas, entre bombeiros e funcionários do Departamento de Recursos Minerais do Rio (DRM-RJ) trabalham no local. Alocados em abrigos e casas de parentes, os antigos moradores já não frequentam os escombros.

Juntos, os bairros de Posse e Campo Grande somam a maioria das 347 mortes ocorridas em Teresópolis. A Defesa Civil ainda analisa o que restou das construções. O Departamento de Recursos Minerais do Estado produziu um laudo condenando o solo local como área de risco. As casas que ali permaneceram em pé serão derrubadas. Já notificados, os moradores apenas recolhiam aquilo que lhes restou, vasos de plantas, quadros e uns poucos móveis, alem de fazer o registro para o aluguel social, a ajuda de R$ 500 mensais disponibilizada pelo governo para as vítimas de desastres naturais até que seja providenciada nova moradia.
No bairro de Posse, não será mais fácil a situação. Um mês após a tragédia, o fornecimento de energia para a localidade não foi reestabelecido e nem será. É uma das medidas adotadas pela Defesa Civil para que os moradores da área condenada não retornem.
Campo Grande e Posse parecem estar fadadas ao silêncio das pedras e da destruição da enxurrada até que a natureza se reassente no local.
As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Nova Friburgo (prejuízos mais gerais em toda cidade), Teresópolis (bairros da periferia e zona rural), Petrópolis (no distrito de Itaipava), Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto - estas duas últimas de menor porte. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região, concentrados nos lugares mencionados.

Prof. Angelo M. Moreira da Rocha (adaptado de matéria de Luís Bulcão Pinheiro)

2 comentários:

  1. OI primo, que tristeza.
    Só para registrar: o distrito de Petrópolis mais atingido foi o de Itaipava. Itatiaia é aqui pertinho!

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  2. Certo prima, já consertei pois eu sempre confundo Itaipava onde Tio Gulardo teve uma bonita casa com Itatiaia que conheço bem e onde passei o maior frio que já senti. Maior que o daqui, parecido somente com o de Buenos Aires quando estive por lá. Gosto muito daquele lugar próximo de Itatiaia cheio das lojas de chocolate. Conheço muito também Resende por causa das fazendas próximas que frequentamos muitas vezes, uma em Engenheiro Passos e outra no km. 3 da estrada de São Lourenço/Caxambu, Hotel Fazenda Três Pinheiros, cujo filho do dono foi Prefeito de Resende e Deputado Estadual, Noel de Carvalho. Custei a encontrar por aqui um lugar parecido para um descanso mais retirado e encontrei colocando fotos aqui no Blog. Beijos. Angelo

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