quinta-feira, 24 de maio de 2012

"MAPA DA INCLUSÃO DIGITAL" TAMBÉM É MATÉRIA DE EDUCAÇÃO

Com base em interessante artigo do jornalista Marcelo Neri, vamos transcrever dados curiosos sobre o uso do computador em nosso país e no mundo, que nos levarão a aspectos sociais e EDUCACIONAIS.
O Brasil tem um mundo dentro de si desde São Caetano (SP), que apresenta o maior índice do país de acesso à internet em casa (74%,  similar ao do Japão), a Aroeiras (PI), que tem zero virtual.
O líder mundial é a Suécia, com 97% de domicílios conectados, índice similar ao da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Já Rio das Pedras, a favela vizinha, tem o menor percentual da cidade (21%), parecido com o do Panamá.
Os cinco primeiros do ranking global são países nórdicos, os mesmos que lideram o ranking relativo de nível de felicidade (qualidade de vida), reportado pelas próprias pessoas. Não que um cause o outro, mas ambos integram a mesma cena e começam a nos dar uma noção da importante introdução dos aspectos SÓCIO-EDUCACIONAIS tão determinantes quanto os financeiros no que se refere à INCLUSÃO DIGITAL.
Como medir a conectividade? As bases supracitadas identificam apenas o acesso das pessoas a computador, conectado ou não à internet, em suas casas, e não o efetivo uso da rede mundial.
No âmbito social das políticas públicas, é preciso monitorar o efetivo uso da internet e seus respectivos locais, podendo haver mais de um local entre os incluídos: casa, 57%; Lan houses, 35%; trabalho, 31%; casa de amigos, 20%; escola, 18%; locais públicos gratuitos, 5,5%.
No que se refere à qualidade de acesso domiciliar, 80,7% foram feitos em banda larga e o grosso restante por meio de acesso discado.
Quais as razões dos sem-rede? Elas são diversas, variando de lugar para lugar. Na capital mais incluída, Florianópolis, que é líder da banda larga, vigora entre os pouco excluídos a falta de interesse (62% de respostas).
Lá é, sintomaticamente, a capital da classe AB, dando a esta classe o símbolo da internet banda larga. Não só como item de consumo, mas acima de tudo para EDUCAÇÃO, trabalho e melhoria social. A distante Rio Branco é a capital do motivo falta de estrutura (42%). Já em João Pessoa é onde as pessoas não acessam mais por falta de conhecimento (47%). Provavelmente por isso, lá é aonde as pessoas acessam mais a internet em casa de parentes e amigos.
Olhando a média nacional, o principal motivo da exclusão é a falta de interesse (33%), seguido de perto pela incapacidade de usar a internet (31%). Ambos decorrem dos PROBLEMAS EDUCACIONAIS VIGENTES. Não basta que computadores caiam de paraquedas na vida das pessoas. SE NAVEGAR NA REDE É PRECISO, EDUCAR TAMBÉM É PRECISO! 

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