É muito bom ter uma notícia positiva em meio ao pessimismo dos setores do
Ensino brasileiro, incluindo a Graduação e a Pós Graduação. Nestes últimos graus,
sempre tive a impressão de que nossa produção científica fosse de qualidade
internacional. Os alunos de curso PRESENCIAL (não havia outra invenção
perniciosa na época) com bolsa da CAPES, como eu tive, são estimulados a
produzir bastante material, dentre os quais muitos se destacam. É preciso
manter os cursos PRESENCIAIS normais, principalmente na Pós Graduação
sensustrito (mestrado e doutorado), diante deste surto moderno de cursos
SEMI-PRESENCIAIS E NÃO-PRESENCIAIS. Também é necessário prestigiar Instituições
como a USP, a Universidade de Viçosa e a UFRJ, responsáveis pela maior parte do
bom corpo docente e discente, indispensáveis a esta situação de destaque do
nosso ensino superior.
Dito isto, vamos a
notícia de 12 de maio deste ano divulgada pelo portal terra e de origem dos órgãos
públicos de controle dos cursos superiores:
“Ainda durante a
graduação, muitos estudantes começam a pensar no que fazer depois de pendurar o
diploma na parede. A carreira acadêmica é uma das opções e, em Mestrado e
Doutorado o Brasil desponta como
referência. De acordo com o Institute for Scientific Information,
considerado a primeira indústria da informação interdisciplinar, o País aparece
entre os líderes em publicação acadêmica nas áreas de Agricultura, Ciência de
plantas e animais e Ciências sociais. Responsável pelo ranking de qualidade de
cursos e Instituições brasileiras, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (Capes) aponta o número de publicações como um dos critérios
de avaliação. As notas máximas indicadas pela instituição, 6 e 7, equivalem
"ao alto padrão internacional".
Ciências da
agricultura é a área acadêmica com maior quantidade de material acadêmico
publicado - alcançando a segunda colocação mundial, com 7,85% da produção.
Entre as mais bem colocadas, estão a Escola Superior de Agricultura (Esalq) da
Universidade de São Paulo (USP). Na área de Agronomia, mestrado e doutorado em
Genética e melhoramento de plantas e em Solo e nutrição de plantas recebeu nota
máxima na avaliação da Capes, realizada em 2010. Classificação semelhante
alcançou a pós-graduação em Entomologia.
Segundo o
coordenador do programa de pós-graduação em Entomologia da Esalq, José Maurício
Simões Bento, a qualidade das linhas de pesquisa está ligada ao corpo docente e
discente. "Temos recursos humanos muito bons. Nossos professores são
reconhecidos nacional e internacionalmente, o que acaba destacando muito o
programa. Pertencer à USP também nos confere estrutura de pesquisa e ensino do
mais alto nível", diz. O professor destaca que recursos de projetos
nacionais e internacionais também ajudam a manter uma pesquisa de ponta.
"Temos força de pesquisa e alunos muito bem selecionados. A concorrência é
grande, e isso faz com que tenhamos um ciclo vantajoso", acrescenta.
Atualmente,
a pós em Entomologia tem 89 alunos - 34 de mestrado e 55 de doutorado. "Todos
os nossos estudantes têm bolsa. Também temos vários estudantes estrangeiros,
principalmente da América Latina. Já tivemos inclusive estudantes africanos. O
reflexo da nossa qualidade está no fato de que somos pioneiros na área agrária.
Hoje, de 40% a 50% dos docentes em Entomologia do Brasil passaram por aqui, o
que faz a Esalq ser reconhecida na formação de pesquisadores", afirma.
Além da Escola de Agronomia e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da
USP, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) elenca cursos com nota máxima pela
Capes.
Em Ciências
de plantas e animais, segunda área em que o Brasil mais produz publicações
acadêmicas - é o quinto colocado no mundo, com 6,04% da produção -, a UFV
também recebeu nota 7, segundo o coordenador do programa de pós-graduação em
Zootecnia, Odilon Gomes Pereira. No caso da pós em Zootecnia, desde que o
programa foi criado, sempre recebeu nota máxima. O mestrado foi o primeiro
criado no Brasil. Com 50 anos de curso, já formou em torno de 1,5 mil mestres e
doutores. Atualmente, temos 170 estudantes, sendo dois terços de
doutorado", explica o coordenador.
Segundo
dados do Institute for Scientific Information, Ciências Sociais está em terceiro lugar na produção
científica brasileira. A área abrange cursos como Economia, Comunicação, Direito, Arquitetura e Urbanismo, Administração,
Turismo e Serviço Social, onde se destacam os cursos e alunos da pós da
UFRJ. a grande maioria com bolsa de estudos e mantendo características similares à USP e UFV no
seu corpo docente e discente. O ranking indica que, no mundo, o Brasil é
responsável por 2,44% das publicações na área, ocupando a oitava colocação. Por
isto é apontado pela Capes como destaque internacional nos processos de
avaliação."
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