Acompanho o chamado “esporte bretão” desde pequeno, copa do
mundo do PASSADO de 1950, quando assisti no colo de meu pai aquela choradeira
toda na derrota final. E assistimos tudo de lugar privilegiado chamado na época
de “cadeira perpétua”, localizada nos lados e acima da tribuna de honra do
estádio, que meu pai resolveu comprar em investimento caro para presenciar em
lugar especial e tranquilo a vitória do Brasil que goleou facilmente todos os
adversários, mas caiu na decisão diante da raça uruguaia, que aliada a um bom
conjunto sempre atrai a sorte e torna o futebol um esporte imprevisível, pois
nem sempre o melhor vence.
Com o passar do tempo, somente eu e meu irmão
frequentamos aquelas cadeiras do Maracanã principalmente nos grandes jogos. Coincidindo
com a época que meu irmão foi para São Paulo, passamos a assistir mais brigas
que futebol, pois as torcidas não aceitavam derrotas, principalmente do tipo
daquelas que a seleção brasileira experimentou ou as que julgavam ter
influência do juiz do jogo contra eles. Assim, passei a não ir mais ao estádio,
pois a TV passava a transmitir mais os jogos e meu crescimento espiritual não
combinava com aquele ambiente agressivo. Vendi as cadeiras, nas quais cheguei a
assistir com a esposa show de Frank Sinatra.
E as agressões de torcidas chamadas organizadas
continuaram cada vez mais causando até mortes.
Passando para o PRESENTE, nos dias de hoje, vimos na TV dois
dos times mais caros de mundo, do futebol espanhol atual campeão do mundo e
cheios de jogadores de alto nível e de vários países, serem desclassificados do
maior torneio de futebol de clubes que existe. E ambos, principalmente o Barcelona,
jogaram bem mais do que o adversário, eram melhores tecnicamente do que seus
adversários e perderam por aqueles motivos que fizeram o Brasil perder em 1950.
O importante é notar que a torcida aplaudiu o time derrotado ao final do jogo e
não houve nenhum sinal de briga, de agressões.
Este exemplo europeu deveria ser copiado por aqui no
PRESENTE do nosso esporte. No último jogo entre Flamengo e Vasco, por exemplo,
houve equilíbrio e o derrotado não jogou menos que o adversário. O jogo foi
decido numa marcação de pênalti pelo juiz em lance altamente contestável que
não deveria ser marcado, principalmente em jogo decisivo. Só a derrota já era
motivo para brigas e agressões por parte dos derrotados, ainda mais com o
motivo da decisão parcial do juiz. Também devem ser atribuídos estes delitos às
provocações dos vencedores.
Por isto, venho tomando a decisão de assistir quase
exclusivamente jogos do exterior e com pouca intensidade, pois existem
distrações bem melhores e atividades prioritárias principalmente as familiares
e as relacionadas com a obra de Deus em nossas vidas.
Mas vem aí o FUTURO, a próxima Copa do Mundo no Brasil em
2014. Como deve ser o comportamento do torcedor brasileiro? Teremos aqueles torcedores
europeus bem mais civilizados a este respeito por aqui e a nossa seleção é bem
inferior àquela da primeira copa no Brasil e as outras que foram campeãs. Por
isto tudo, permaneço com aquele meu testemunho do parágrafo anterior...
Meu marido é alucinado por futebol. Flamenguista de sobrenome,sabe TUDO sobre o Flamengo e também tudo sobre futebol. No dia em que vocês se conhecerem, se quiser bater papo sobre o tema terá um parceiro!! E já viu o Sérgio jogando? sabia que o pai dele foi da seleção brasileira?
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