No Dia Mundial da Água o texto abaixo enfatiza ângulos importantes naturais e espirituais da ÁGUA:
Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
A vida é assim, construída como um leito sinuoso de um rio, suas águas foram destinadas a atravessar uma existência. Mas em determinado momento surge um desafio maior: Um oceano pela frente !
Junto com o oceano vem o risco de sair do seu percurso rotineiro para se juntar a um “projeto” bem maior de existência, mais extenso e profundo.
Da mesma forma como o rio não pode voltar, não há outra maneira a não ser laçar-se ao desafiante mar da vida em crescimento. As únicas hipóteses ou alternativas não valiam a pena e não possuíam nenhum atrativo. Seriam o caso de se tornar um afluente de outro rio ou desembocar num lago, ou ainda em um mar morto, sem vazantes representando mesmo o fim da linha, da estagnação ao perecer.
Mas não adianta pensar nestas “águas passadas”, o oceano está aí ! Alem de grandioso está em constante movimento, absorvendo as águas dos rios e reforçando sua atividade de vida puljante, movimentando suas grandes ondas que embelezam as praias e transmitem o mistério da renovação da vida pela diversidade da flora e fauna que se desenvolvem favorecidas pela sua extensão e continuidade de movimento.
Então o rio se arrisca e entra no oceano. E o seu medo, aquela perspectiva tão difícil, desaparece, pois agora ele faz parte de uma etapa nova de sua vida, um projeto maior, torna-se um elemento a mais agregado ao imenso oceano, experimenta um renascimento em grandes dimensões.
O Criador usou também estas imagens da Sua obra de criação, relacionando as águas correntes com a necessidade de purificação da alma do ser humano, junto a ação luminosa da imagem do Espírito de Deus em nós, tudo isto desenvolvido a partir do momento em que nos encontramos com Jesus Cristo, nosso grande oceano, onde passamos a não ter mais sede de vida, pois Ele é a própria vida e nos garante que do nosso interior fluirão rios de água viva.
Prof. Angelo M. Moreira da Rocha
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