quinta-feira, 22 de julho de 2010

O MELHOR TESTEMUNHO DE PROJETO DE FINAL DE CURSO


Esta é uma bela estória e é também uma história real, por isto vale a pena ler até o fim!
Nas últimas aulas de Sociologia, já tendo os alunos conhecimentos suficientes na parte teórica, decidi que o último projeto do curso seria diferente procurando uma forma que poderia ser importante para eles mesmos ou para melhor interpretação da sociedade em que vivem. O tema era simplesmente “Sorrir”... A classe foi orientada a sair pela cidade e sorrir para três estranhos e documentar suas reações, interpretando-as daquela forma, num prazo de cinco dias. Dentre os projetos apresentados, um chamou minha atenção de forma especial. Era de uma mãe de três crianças (14, 12 e 13 anos). Após ler o projeto perguntei se ela podia dividir com a classe sua experiência. Ela tanto consentiu como começou a ler o seu trabalho: - Sou uma pessoa bastante amigável e normalmente sorrio para todos e digo oi de qualquer forma. Então, achei que este tema a respeito de sorrir para as pessoas seria muito tranqüilo para mim e não tive pressa para executá-lo.
No dia seguinte, fui com meu marido e o mais novo de meus filhos numa manhã fria deste mês de Maio ao McDonald’s.
Foi apenas uma maneira de passarmos um tempo agradável com o nosso filho...
Estávamos esperando na fila para sermos atendidos, quando de repente todos a nosso redor começaram a ir para trás, e então o meu marido também fez o mesmo... Não me movi um centímetro... Um sentimento arrebatador de pânico tomou conta de mim, e me virei para ver a razão pela qual todos se afastaram...
Quando me virei, senti um cheiro muito forte de uma pessoa que não toma banho há muitos dias, e lá estava na fila dois pobres sem-teto. Quando eu olhei para o pobre coitado, próximo a mim, estava “sorrindo” o que logo me fez lembrar do projeto do final do curso de Sociologia. Seus olhos azuis estavam cheios de uma luz diferente, pois ele estava buscando apenas aceitação...
Ele disse, Bom dia! Enquanto isto contava as poucas moedas que ele tinha amealhado...
O segundo homem tremia suas mãos, e ficou atrás de seu amigo... Eu percebi que o segundo homem tinha problemas mentais e o senhor de olhos azuis era sua salvação... Eu segurei minhas lágrimas, enquanto estava lá, parada, olhando para os dois, pensando que aquela luz poderia ser de Deus...
A jovem mulher no balcão perguntou-os o que eles queriam...
Ele disse, “Café já está bom, por favor...”, pois era tudo o que eles podiam comprar com as poucas moedas que possuíam... (Se eles quisessem apenas se sentar no restaurante para se esquentar naquela fria manhã, deveriam comprar algo. Ele apenas queria se esquentar).
Então eu realmente sucumbi àquele momento, quase abraçando o pequeno senhor de olhos azuis... Foi aí que notei que todos os olhos no restaurante estavam sobre mim, julgando cada pequena ação minha... Eu sorri e pedi à moça no balcão que me desse mais duas refeições de café da manhã em uma bandeja separada...
Então, olhei em volta e vi a mesa em que os dois homens se sentaram para descansar... Coloquei a bandeja na mesa e coloquei minha mão sobre a mão do senhor de olhos azuis... Ele olhou para mim, com lágrimas nos olhos e me disse, “Obrigado!!” Eu me inclinei, acariciei sua mão e disse “Não fui eu quem fiz isto por você, Deus está aqui trabalhando através de mim para dar a você esperança!!” O outro homem e muitas daquelas pessoas que estavam prestando atenção ao que fazia, sorriram de forma emocionada. Comecei a chorar também enquanto me afastava deles para sentar com meu marido e meu filho... Quando eu me sentei, meu marido com seu sorriso conhecido me disse: “Esta é a razão pela qual Deus me deu você, querida, para que eu pudesse ter esperança!!”
Seguramos nossas mãos por um momento, e sabíamos que pudemos dar aos outros hoje algo que precisam pois Deus nos tem dado muito..... Retornei à aula na faculdade, no dia seguinte, com esta história em minhas mãos para ser meu projeto especial de encerramento do curso de Sociologia.
Enquanto ela lia o projeto para a classe percebi que como seres humanos e como filhos de Deus nós dividimos esta necessidade tanto espiritual como de cidadania de apoiar e curar pessoas e de sermos apoiados e curados... Não costumava a fazer esta relação em sala de aula para não misturar a minha posição como professor com a de servo do Deus Altíssimo, mas neste caso não houve jeito, pois a relação era imediata e trazida por uma aluna.
Alem de toda a turma, o relato da experiente aluna já tinha conseguido tocar muitas pessoas naquele “fast food”, sem contar o seu filho.
Ela me confessou que concluiu o curso com uma das maiores lições que aprendeu.
E quando me lembro do fato recordo que para se controlar deve-se usar a mente, já para controlar os outros, usa-se o coração... Deus dá a cada pássaro seu alimento, mas Ele não joga nenhum alimento em seus ninhos. E ainda nos disse: “Cada um contribua (ajude ao próximo) segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.” (2ª Cor.9.7).

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