quarta-feira, 30 de abril de 2014

PERFEIÇÃO - Uma história real


          No Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças especiais. Algumas crianças ali permanecem pôr toda a vida escolar, enquanto outras podem ser encaminhadas a escolas comuns.

Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos que ali estavam presentes.

Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, perguntou ele:

"Onde está a perfeição em meu filho Pedro, se tudo o que DEUS faz é feito com perfeição? Meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Então, onde está a perfeição de Deus?".

Todos ficaram chocados com a pergunta e com o sofrimento daquele pai. Mas ele continuou:

"Acredito que quando Deus traz uma criança especial ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem diante desta criança".

Então ele contou a seguinte história sobre o seu filho Pedro: 
“Uma tarde, Pedro e eu caminhávamos pelo parque onde alguns meninos que o conheciam estavam jogando beisebol”.

Pedro perguntou-me: - Papai, você acha que eles me deixariam jogar?

Eu sabia das limitações do meu filho e que a maioria dos meninos não o queria no time. Mas entendi que se Pedro pudesse jogar com eles, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei-lhe se Pedro poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, buscando a aprovação de seus companheiros de time e mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade e disse:

- Nós estamos perdendo pôr seis rodadas e o jogo está na oitava. - Acho que ele pode entrar em nosso time e tentaremos colocá-lo para ser o batedor da bola até a nona rodada.

Fiquei admirado quando Pedro abriu um grande sorriso ao ouvir a resposta do menino. Pediram então que ele calçasse a luva e fosse para o campo jogar. No final da oitava rodada, o time de Pedro marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo pôr três. No final da nona rodada e do jogo, o time de Pedro marcou novamente e agora estava tudo empatado, dependendo da rodada decisiva. Pedro foi escalado para continuar. Um questionamento, porém, veio à minha mente: o time deixaria Pedro, de fato, rebater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o bastão para rebater a bola a Pedro. Todo o mundo sabia que isto seria quase impossível, porque ele nem mesmo sabia segurar o bastão. Porém, quando Pedro tomou posição, o lançador da bola se moveu alguns passos para arremessa-la de maneira que Pedro pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Pedro desajeitadamente o perdeu. Um dos companheiros do time de Pedro foi até ele e juntos seguraram o bastão e encararam o lançador. O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Pedro. Quando veio o lance, Pedro e o seu companheiro de time balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a  bola com facilidade e poderia tê-la lançado tranquilamente ao primeiro homem da base, e Pedro estaria fora e isso teria terminado o jogo com a vitória do adversário. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva, longa, bem longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base. Então todo o mundo começou a gritar:

- Pedro, corra para a primeira base para começar a ganhar o ponto. Corra para a primeira.

Nunca em sua vida ele tinha corrido... Mas saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem da base, o que seria outra hipótese de colocar Pedro para fora e derrotar seu time, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim, lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem da base. Todo o mundo gritou:- Corra para a segunda, corra para a segunda base.

Pedro correu para a segunda base, e assim foi até chegar a hora de Pedro correr para a base principal, a última que garantia o ponto e a vitória do seu time. Ele, já tropeçando nos próprios pés de tanto cansaço, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido o campeonato, alem de ganhar o jogo. "Naquele dia”, disse o pai, com lágrimas caindo sobre face, "aqueles 18 meninos alcançaram a Perfeição de Deus. Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto do meu filho!”. O fato é verdadeiro, e precisamos meditar nele e divulgá-lo sem constrangimento. Precisamos em vez de nos preocupar mais sobre o que as outras pessoas pensam de nós, lembrar do que Deus espera de nós. Contudo, tenhamos a certeza que, se quisermos, poderemos transformar nossas vidas e fazer sempre o melhor para todas as pessoas, e assim poder nos sentir parceiros imperfeitos do Todo Poderoso.

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