sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

REFORÇO DA NOSSA POSIÇÃO QUANTO ÀS DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS

Amigos e seguidores deste Blog. Esta posição que venho reforçando e argumentando por aqui não se enquadra no dito popular: "Isto é chover no molhado". Tenho a certeza que a forma racional da nossa abordagem, procurando em leituras de colegas conhecidos e estudiosos da matéria, pode encontrar eco e compreensão em quem tem interesse a respeito. Desta vez vamos reproduzir o que o pastor e escritor MAX LUCADO, em seu livro Deus está no controle, nos diz:
"Deus tem apenas um rebanho. Por alguma razão, nós nos esquecemos disso. A divisão religiosa não é ideia de Deus. Privilégios e sectarismo não estão no plano dele. Deus tem um rebanho. O rebanho tem um pastor. E embora possamos achar que existam muitos, estamos errados. Existe apenas um. Em nenhum lugar a Bíblia diz que nós devemos criar unidade. Somos instruídos apenas a manter a unidade que existe. Paulo nos exorta a preservar a unidade que o Espírito dá. Nossa tarefa não é inventar a unidade, mas reconhecê-la. Quando vejo alguém chamando Deus de Pai e Jesus de Salvador, estou vendo um irmão ou uma irmã - seja qual for o nome de sua igreja ou de sua denominação (ou de sua paróquia). A propósito, sabe esses nomes de igreja que usamos? Eles não existem no céu. O Livro da Vida não traz sua denominação ao lado do seu nome. Por quê? Porque não é a denominação (nem o seu líder) que salva você. Sou levado a pensar: se não há denominações no céu, por que temos denominações na terra?"
Aqui faço outro parêntese meu (os parênteses e sublinhados no texto do pastor são meus) contando uma estorinha: Chegou um irmão lá no céu e perguntou ao anjo: Onde estão os batistas? O anjo fez sinal de que não os conhecia. Assustado perguntou logo: E os pentecostais, os de tal paróquia, os carismáticos, a turma do Vaticano, os presbiterianos, etc.? E o anjo não deu sinal algum de conhecê-los. O irmão concluiu: Então o povo de Deus não está aqui! Ao que o anjo respondeu logo: O povo de Deus! aquele barulhento e animado? Ah! Estão todos por ali naquele espaço bem grande do céu...
Voltando ao texto diz o autor: "O que aconteceria - eu sei que é uma ideia maluca - mas o que aconteceria se todas as igrejas concordassem num determinado dia, em mudar o nome simplesmente para "igreja"? E se qualquer referência a qualquer denominação fosse removida e todos nós fôssemos apenas cristãos? Então, quando as pessoas escolhessem qual igreja iriam frequentar, não o fariam por causa da placa do lado de fora... Elas o fariam por causa do coração das pessoas do lado de dentro. Então, quando lhes perguntassem qual igreja elas frequentam, sua resposta não seria um rótulo, mas apenas um endereço. Então, nós, cristãos, não seríamos conhecidos por aquilo que nos divide; em vez disso, seríamos conhecidos por aquilo que nos une - nosso Pai comum. Ideia maluca? Talvez. Mas creio que Deus gostaria disso. Foi assim que ele começou sua edificação."
Concluímos, acrescentando que o ministério de Jesus não tinha denominação, rótulo ou endereço, apenas era conhecido com o do povo do caminho. Ele foi algumas vezes às Sinagogas, mas quase sempre estava se dirigindo as pessoas no seu dia a dia e também as recebendo o que deve ser a missão também de todo cristão. Desta forma estaremos praticando o que li na camisa de um irmão: Coloque DEUS no início e Ele cuidará do fim...  

2 comentários:

  1. Salve Professor Angelo!

    São muitas denominações e numa sociedade tão "sexo-drogas-funk/proibidão" em que vivemos, é interessante ver sempre uma igrejinha em quase qualquer esquina.

    Alguns desses irmãozinhos são barulhentos, outros vêem macumba em tudo – fora os investidores da Jesus SA (invista x e receba 1000x em até sete semanas), e por aí vai. A margem dessa proliferação de denominações, se pesquisarmos na internet, há grupos propagando a idéia de "cristãos independentes"; Um deles se chama até "Igreja de Jesus Cristo de Todos os lugares"; Será isso uma tendência dessas que vai à frente estilo caminho sem volta? Keith Ward - em seu livro Deus um guia para perplexos, faz um comentário interessante para essa questão: "A espiritualidade, o cultivo de estados glorificados da consciência, pode florescer nas margens de nossa cultura, mas a religião, o culto organizado a Deus, está morrendo.” Me parece que na Europa isso significa uma sangria de fiéis nas igrejas tradicionais e o aumento do “lado espiritual independente de religiões”, fora ateus; Aqui no Brasil – parece haver crescimento de evangélicos, mas “o culto organizado”, a tradição seja lá qual for, também está indo para o espaço! Essa falta de ordem, pastores sem devida educação cristã, inovações como “cartão de crédito sem a senha” como oferta (escandalozinho recente que vazou na mídia), ala evangélica dentro da política, etc., isso tudo tem criado uma mentalidade de desinteresse em participar de comunidades cristãs e, pior ainda, entre a “gente inteligentinha”, tem fomentado o ateísmo, grupos neopagães, gente “zen” que acha que o problema do mundo é a reciclagem do lixo, enfim... Estou dizendo isso tudo para defender uma idéia que esta circulando: Resgatar o espírito da Reforma já! Se Martinho Lutero ou João Calvino vissem o rumo que a reforma levou, ficariam indignados!

    Recebi na ultima vez que fui ao culto – da esposa do professor Angelo – um cartãozinho que dizia assim: Jesus Cristo – Advogado, escritório “A Igreja Evangélica mais próxima de sua casa.” Perfeito! Eu assino embaixo, Deus guia seus filhos aonde eles devem ir. Não tenho nada contra em haver muitas ou poucas denominações. Porém, faço algumas objeções: Mais bíblia! Mais Doutrina! Mais educação cristã!

    Thiago Lopes

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  2. Grande Thiago. Este seu comentário, dos mais bem elaborados que recebi, tem relação com seu nome (a sabedoria judaica de dar um sentido ou uma relação aos nomes deve ser considerada). Desta forma o seu que, independente da introdução do "H" que em hebraico também se relaciona com Espírito-fôlego de vida, é o de quem praticou a autoridade de um meio-irmão de Jesus, sendo o líder reconhecido da Igreja de Jerusalem, a mesma que Lutero tentou resgatar (Atos 12.17: 15.13; 21.18), alem de escrever o livro que leva o seu nome e que deve ser considerado como parâmetro de aconselhamento moral e ético. Gosto e me identifico com ele quando diz: se somos mestres devemos saber que havemos de receber maior juízo (Tiago 3.1), o que se relaciona com uma frase que sempre me acompanhou: Feliz o homem que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Concluindo, relaciono também o tema atual de preferência do Pr. Josimar: Nós já somos, mas estamos sendo... com o que diz Salomão (Eclesiastes 3.15): "O que é já foi, e o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou". Aí está nossa esperança: em vez de "fui" amigo, vai para a Palavra renovadora de Deus. Um forte abraço.Prof. Angelo

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