quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O "TOQUE DIVINO" NO VALOR MATERIAL

 
Dois colunistas do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, Hélio Schwartsman e Carlos Heitor Cony, comentaram no domingo próximo passado o mesmo assunto sobre a inscrição nas cédulas de real da frase: "DEUS SEJA LOUVADO". Como também fui colunista em jornal de Teresópolis e tenho neste Blog um das principais metas a continuidade daqueles artigos, já tinha programado abordar este tema. Assim, resolvi utilizar trechos daquelas boas colunas para acrescentar minha visão a respeito do assunto. 
Do primeiro colunista: "Sou ateu, mas convivo bem com diferenças. Se a religião torna um sujeito feliz, minha recomendação para ele é que se entregue de corpo e alma. O mesmo vale para quem curte esportes, meditação e literatura. Cada qual deve procurar aquilo que o satisfaz, seja no plano físico ou espiritual. Desde que a busca não cause mal a terceiros, tudo é permitido. Isto dito, esclareço que não acompanho inteiramente a tese do procurador Jefferson Aparecido Dias de que o 'Deus seja luvado" constrange os que cultuam outras divindades ou não creem. Em teoria, isso pode ocorrer, mas, covenhamos, não é um aborrecimento tão grave que coloque em risco a liberdade religiosa em sociedade. Mesmo considerando que o laicismo (Estado laico) preconize uma separação radical entre Estado e Igreja, na prática, é impossível desligar inteiramente o poder público de elementos religiosos."
Comentário meu: Como leitor do nosso bom cronista e judeu de origem, vejo nesta sua recomendação ponderada inicial uma abertura importante para algo de real valor acima de qualquer religião que é a FÉ. Ela se constitui na satisfação máxima espiritual de nossa alma, porém é preciso saber onde colocamos nossa FÉ. Se a colocamos no esporte (em craques do futebol ou em cavalos de corrida, por exemplo) na literatura, etc., podemos sentir uma felicidade superficial e efêmera. Mas concentrada em Deus, no seu poder e sua vontade, esta felicidade será uma forma de caminhar na vida com consciência de onde viemos, o que fazemos aqui e para onde vamos. E isto tem um sentido eterno que não depende de circunstâncias, como o craque fazer seus goals, o cavalo ganhar as corridas. Estaremos sempre olhando para frente e para o alto, para o autor e consumador da nossa FÉ, Jesus Cristo.
Do segundo colunista: "O argumento para tirar das cédulas do nosso real esta inscrição é pífio: o Brasil é um Estado laico, qualquer alusão a divindade é uma afronta, o país tem diversas religiões e, inclusive, tem razoável porcentagem de ateus ou agnósticos de carteirinha, entre os quais o cronista se incluí, apesar de sua formação ter sido feita com valores de determinado credo. Os Estados Unidos não cultivam uma religião oficial, mas nas cédulas de um dólar, com a cara de Washington, há a frase "In God we trust"( Em Deus temos FÉ, confiança). O hino oficial inglês também invoca Deus: "God Save the Queen" - ou King. E voltando aos Estados Unidos, o "God Bless América" (Deus abençoe a América), de Irving Berlin, funciona como hino alternativo, mais ou menos como "Aquarela do Brasil". Poderia citar outras invocações oficiais ou oficiosas da divindade. Barack Obama, que me parece meio muçulmano, em breve prestará seu juramento para o segundo mandato com a mão em cima da BÍBLIA - base do judaismo e do cristianismo."
Comentário meu: Concordamos com os argumentos de Cony por serem incontestáveis com dados práticos de países que são Estados laicos como o Brasil. Acrescentamos somente que, pelos seus comentários, acreditamos ter uma noção de qual credo participou dos valores de sua formação, parecendo estarem latentes em sua mente e potencialmente preparados para um novo despertamento...
Concluindo, pois já nos estendemos além do costume do Blog, o colunista Hélio termina a matéria desta forma: "O que me surpreende nessa história é o fato de religiosos não serem os primeiros a protestar pela inclusão do nome de Deus em algo tão profano e mal-afamado como o dinheiro."
Sobre esta colocação, temos a recordar que a Palavra de Deus nos diz que o AMOR ao dinheiro que é a raiz de todos os males. O dinheiro por si só, como instrumento de troca e necessidade de sobrevivência, não tem mal em si mesmo, pois este mal está na prioridade e busca excessiva que trazem a avareza, a soberba, a desumanidade, entre outros sentimentos e ações negativas. Ainda encontramos na BÍBLIA - 1 Timóteo 4.4: "Pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela Palavra de Deus e pela oração, é santificado."         

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